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02/04/2012

Lágrimas ocultas!
Se me ponho a cismar em outras eras Em que ri e cantei, em que era querida, Parece-me que foi noutras esferas, Parece-me que foi numa outra vida... * E a minha triste boca dolorida, Que dantes tinha o rir das primaveras, Esbate as linhas graves e severas E cai num abandono de esquecida! * E fico, pensativa, olhando o vago... Tomo a brandura plácida dum lago O meu rosto de monja de marfim... * E as lágrimas que choro, branca e calma, Ninguém as vê brotar dentro da alma! Ninguém as vê cair dentro de mim! * Florbela Espanca

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